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A arte de fazer perguntas

Lá se vão quase 20 anos de Coaching e muitas histórias para contar. Enormes
desafios que se transformam em grandes presentes. E, cada vez que inicio o
processo de Coaching, me questiono: quais perguntas fazer, que ferramentas utilizar, como dar apoio na
transformação pessoal e profissional do executivo, como se assegurar que o
resultado será o melhor possível. Como, novamente como e mais como? As
perguntas que mais me faço compartilho com você aqui

Qual será a maior ferramenta e mais poderosa de Coaching?

Qual será a ferramenta que pode ser aplicada em diversas situações para produzir
os melhores resultados?

Como recolher percepções e insights de colegas, gestores, colaboradores para
fortalecer meu perfil profissional?

Entretanto, por mais simples que pareça, a grande chave da virada do processo de Coaching é
a arte de fazer perguntas. Grandes líderes não apenas apresentam soluções,
resolvem problemas e, mais que isso, sabem estabelecer a empatia, gerar perguntas que engaje as equipes e gestores na solução. Afinal, todos querem fazer
parte da solução e não do problema, correto?

Então, em uma das ocasiões, tive certeza dessas premissas quando trabalhava o coaching: a
executiva em questão sempre apresentava a solução dentro da empresa sem
envolver a diretoria. E nunca entendeu porque a diretoria torcia o nariz para suas
apresentações. Faltava um pequeno detalhe: todos queriam ser parte integrante da
solução e a diretoria se sentia claramente como parte do problema. E como
solucionar questões como essa e muito mais?

Faça Perguntas

Por isso, vou confessar aqui que algumas palavras são proibidas para coachees e
mentorados. Muitos começam “achando” que o CEO pensa isso, “achando” que a
diretoria pensa aquilo e que a equipe pensa sei lá o quê. Mas, na verdade, “achar” é
fruto de que avaliação? De onde se acha? É nessa hora que eu peço,
delicadamente, para que façam perguntas ao invés de se debruçarem em achismos
para se construir um castelo de areia.

Sendo assim, para se desenhar uma estratégia consciente, é necessário criar os check points que
nada mais são que questionamentos e perguntas sobre o trabalho, a motivação
para se agir, a percepção diante de tal obstáculo ou mesmo diante da sua postura
na empresa.

Por que perguntar é uma arte?

Porque somos compelidos muitas vezes a reproduzir
as soluções para demonstrar força e conhecimento. Mas será que é disso que a
empresa precisa? Será que essa é a maneira mais inteligente de criar novos
caminhos e engajar as pessoas para contribuírem para que seu projeto aconteça?

Contudo, o que vou apresentar aqui você, provavelmente, já conhece ou foi apresentada(o):
a ferramenta 5W2H. Muito utilizada para a liderança, a ferramenta ajuda na
organização de questionamentos.

Os 5W2H da ferramenta

Who – Quem – quem poderia ajudar na solução? Com quem me recomenda falar?
Quem poderia me orientar dentro da empresa?

Where – Onde – Onde busco informações? Em que local posso compartilhar ideias?

When – Quando – Quando seria um bom momento para trocar ideias? Quando
poderíamos marcar e conversar? Quando você pensa que é o melhor momento
para apresentar minhas soluções?

What – O que – O que você faria no meu lugar? O que você recomenda que eu faça?
O que eu poderia melhorar/me desenvolver?

Why – Por que – Por que é importante eu gerar essas ações?

How – Como – Como seria a melhor maneira de abordar o time para criar
engajamento?

How much – Quanto – Quanto vai custar a aplicação dessas soluções?

Por isso, ando com a ferramenta 5W2H debaixo do braço e, quando algo acontece, disparo
sempre uma pergunta antes de emitir minha opinião. Até no dia a dia em casa a ferramenta é extremamente útil para fazer filhos, parceiros, amigos refletirem sobre
o seu caminho, suas escolhas.

Assim, na hora em que nos damos conta de que perguntas engajam pessoas e
empoderam times, vamos, mais que tudo, entender que fazer com que cada um
seja parte da solução é a chave mais poderosa da liderança.

Em reuniões, por exemplo, prepare perguntas. Em apresentações, prepare perguntas. Faça
refletir sua audiência. Compartilhe sensações e dúvidas que você tem e daí lidere a
audiência rumo a respostas. Engatilhe o seu pensamento para que suas indagações
sejam as mesmas e suas soluções possam vir à tona a partir de reflexões de quem
te ouve.

Por fim, lembre-se do que vou te dizer agora: deixe que as pessoas sejam parte da SUA
solução. Afinal, quem quer ser parte do problema?

Beijos carinhosos

Vera Lorenzo

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Fala Company

24 de julho de 2023

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