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Feedback: o que é e tipos de feedback para aplicar na empresa

O feedback pode gerar um frio na barriga. Para a maioria das pessoas, é um momento de tensão, dúvida e medo. Mesmo conhecendo os benefícios, muitos gestores e liderados ainda não sabem como conduzir ou receber feedbacks.

Dar um bom feedback é um dos maiores desafios da liderança. Um estudo dos professores de Harvard, Sheila Heen e Douglas Stone, mostrou que 55% dos profissionais acham os feedbacks que recebem imprecisos ou injustos. Ou seja, não basta dar retorno, é preciso saber como se comunicar.

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O que é feedback?

O feedback é uma troca de percepções sobre o desempenho, comportamento ou resultados de uma pessoa, com o objetivo de melhorar, ajustar ou reforçar aquilo que está sendo feito. O feedback utiliza eventos passados para críticas e mudanças estruturais.

Principais benefícios do feedback: 

  • Melhoria contínua do desempenho.
  • Aumento da motivação e do engajamento.
  • Fortalecimento da confiança.
  • Promoção de um ambiente de aprendizado.
  • Alinhamento de expectativas.
  • Incentivo à autorreflexão e ao autodesenvolvimento.
  • Melhoria das relações interpessoais.
  • Aceleração do alcance de metas e resultados.

Quais são os tipos de feedback?

Existem diferentes tipos de feedback, e entender cada um deles é essencial para aplicá-los de forma estratégica no ambiente corporativo. Os principais são: feedback positivo e feedback construtivo (ou de desenvolvimento).

1. Feedback positivo

O Feedback Positivo é o reconhecimento de um comportamento ou resultado que foi excelente e deve ser mantido. O objetivo é motivar e reforçar ações positivas. 

Exemplos de feedback:

  • “Quero te parabenizar pela maneira como você lidou com o desafio daquele cliente na semana passada. Sua calma e proatividade nos economizaram tempo. Isso é de grande relevância para a equipe!”
  • “Percebo o quanto você tem se antecipado às demandas e buscado soluções antes mesmo de ser solicitado. Essa proatividade faz muita diferença para o andamento do time.”

2. Feedback construtivo ou de desenvolvimento (negativo)

O feedback construtivo tem como foco apontar comportamentos que precisam ser ajustados ou aprimorados, oferecendo caminhos claros para o desenvolvimento do colaborador. 

Exemplos de feedback:

  • “Notei que houve alguns atrasos na entrega dos relatórios nas últimas semanas. Sei que a demanda está alta, mas podemos revisar juntos a priorização de tarefas para garantir que você consiga cumprir os prazos sem sobrecarga.”
  • “Vi que algumas informações no relatório estavam incompletas. Que tal criarmos um checklist para garantir que todos os pontos sejam preenchidos antes do envio? Isso pode facilitar muito seu trabalho e o do time.”

Melhores práticas para oferecer um bom feedback:

Dar um bom feedback envolve preparo, empatia e uma intenção genuína de contribuir para o crescimento do outro. Algumas formas e metodologias mais conhecidas e utilizadas de dar feedback são:

Comunicação Não-Violenta (CNV)

Criada por Marshall Rosenberg, a CNV propõe que o feedback seja dado com empatia e foco na necessidade, não no julgamento. A estrutura segue quatro passos:
1. Observação (o que aconteceu, sem interpretações);
2. Sentimento (como aquilo te fez sentir);
3. Necessidade (o que é importante para você ou para o time);
4. Pedido (o que você gostaria que fosse feito de forma diferente).

Exemplo:

“Quando o relatório não é entregue no prazo (observação), fico preocupada (sentimento), porque precisamos garantir a entrega ao cliente (necessidade). Você poderia me avisar antes caso haja um imprevisto? (pedido)”

Feedforward

Em vez de olhar para o passado, o feedforward foca no futuro. É mais leve, motivador e orientado à ação. Cria-se um caminho para os colaboradores crescerem e entenderem seu papel de protagonista nas mudanças – levantar os aprendizados e gerar novas formas de agir. 

Por isso, a prática do feedforward se torna cada vez mais popular – contribui para criar um ambiente de trabalho mais positivo, à medida que os colaboradores entendem que o foco não são seus erros, mas sim uma correção de rota para o futuro.

Exemplo:

“Na próxima reunião, experimente começar com uma visão mais geral do projeto antes de entrar nos detalhes. Isso pode facilitar a compreensão do grupo.”

Feedback Sanduíche

É uma das técnicas mais conhecidas. Combina observações positivas com pontos de melhoria, mantendo o foco no desenvolvimento. O feedback é estruturado em três camadas:

  1. Comece destacando um ponto positivo (reforço)
  2. Em seguida, aborde o ponto de melhoria de forma objetiva
  3. Finalize com outro aspecto positivo ou de encorajamento

Cuidado: não use o “sanduíche” como maquiagem para críticas. Ele deve ser genuíno, equilibrando reconhecimento e direcionamento.

Exemplo:

“Seu relatório ficou muito bem estruturado e visualmente claro. Apenas atenção ao prazo de entrega, talvez planejar com um dia de antecedência ajude. No mais, seu cuidado com os detalhes faz toda a diferença.”

Alguns elementos essenciais que compõem um bom feedback são:

1. Seja claro e específico

Comunique-se de forma direta e clara, sem rodeios ou mensagens ambíguas. Seja claro e específico sobre quais comportamentos ou resultados precisam de melhoria  ou merecem ser reforçados.


Em vez de, “você tem feito um ótimo trabalho”. Opte por:“a forma como você organizou o cronograma da campanha e distribuiu as tarefas entre o time foi excelente, isso ajudou o projeto a se manter no prazo.”

2. Aplicabilidade:

Ofereça orientações práticas para que a pessoa saiba como melhorar ou repetir o bom desempenho. Exemplo: “na próxima apresentação, busque usar dados visuais para reforçar seus argumentos. Isso pode deixar sua mensagem mais clara.”

3. Empatia: 

Desenvolver empatia permite que os líderes se conectem genuinamente com suas equipes, promovendo um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo. Uma liderança que comunica com empatia cria um ambiente seguro para que o feedback flua naturalmente, como convite à melhoria. 

4. Promova o diálogo: 

O feedback deve ser um diálogo, não um discurso unilateral. Dê espaço para que a pessoa exponha sua perspectiva, isso transforma o momento em uma troca genuína e estimula o colaborador a assumir o protagonismo do próprio desenvolvimento. Faça isso por meio de perguntas abertas, como:

  • Que comportamentos ou atitudes você precisa rever?
  • O que você precisa fazer de diferente para ter resultados positivos e impactantes?
  • Qual é seu nível de clareza sobre suas próximas etapas na empresa?
  • Como você pode abordar uma situação (citar a situação) de forma diferente e num prazo menor?

Importância do feedback

O feedback é uma via de mão dupla. Quando bem aplicado, todos ganham, líderes, colaboradores e a própria organização.

equipes que recebem feedbacks frequentes se sentem mais apoiadas e engajadas. Uma pesquisa da Winx, divulgada pela Exame, mostrou que funcionários que recebem mais de três sessões de feedback por ano são 59% mais engajados do que aqueles que não recebem nenhum.

  • Aumento da motivação e do engajamento:

 Reconhecer um bom trabalho ou apontar caminhos de melhoria faz com que os profissionais se sintam vistos e valorizados. A ausência de retorno, por outro lado, gera ansiedade e insegurança.

  • Melhoria das relações interpessoais: 

ambientes onde há abertura para trocas sinceras constroem laços sólidos entre liderança e equipe. O feedback ajuda a realinhar o diálogo, fortalecer vínculos e evitar que pequenos atritos virem grandes conflitos.

  • Cultura de feedback:

Quando o feedback vira parte da rotina (e não só uma avaliação anual), cria-se um ciclo constante de aprendizado e aprimoramento.

Os líderes da sua organização se sentem preparados para dar feedbacks construtivos? Como a sua empresa costuma estruturar o processo de feedback entre líderes e equipes?

Se a sua empresa deseja fortalecer a cultura de feedback e formar líderes mais preparados para dialogar com clareza e empatia, conheça os programas de treinamento, workshops e palestras da Fala Company.

Ficaremos felizes em ajudar! Entre em contato com o nosso time.

Foto de Vera Lorenzo
Vera Lorenzo

Vera Lorenzo, CEO da Fala Company, é fluente em cinco idiomas e especialista em Coaching e Liderança, com mais de 30 anos de atuação. Mestre em oratória, possui cinco formações internacionais em Coaching, além de expertise em Storytelling, Design Thinking, Voice Coach, PNL e Assessment DISC + Valores. Vera também é autora dos livros “50 Coisas para Fazer Antes dos 50” e “Mulheres que Transformam I e II”.

14 de novembro de 2025

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