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Gestão de mudanças: 6 passos comprovados para transformar equipes com sucesso

Você já se perguntou por que algumas mudanças organizacionais fluem e trazem resultados, enquanto outras encontram tantas barreiras e acabam esquecidas pelo time? Em tempos de transformação ágil e tecnologia cada vez mais presente, a gestão de mudanças tornou-se peça central para qualquer empresa que deseja se manter relevante e com equipes engajadas.

O que é gestão de mudanças e por que importa hoje

Gestão de mudanças é o conjunto de processos, ferramentas e competências que ajudam pessoas, equipes e organizações a implementar transformações de maneira estruturada e sustentável.

Com a aceleração da transformação digital e a demanda por lideranças centradas em pessoas, garantir adaptação produtiva deixa de ser diferencial e passa a ser sobrevivência. Como uma estratégia bem desenhada pode reduzir resistências e agilizar resultados? 

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Modelos clássicos para estruturar sua abordagem

Quais caminhos a ciência e a prática já testaram até aqui? Veja três estruturas consagradas para embasar qualquer plano de mudança.

Modelo de Lewin: Descongelar, Mudar, Congelar

  • Descongelar: por onde começar? É hora de preparar a organização, questionar o status quo e mostrar a importância da transformação.
  • Mudar: aqui, a equipe aprende novos processos, comportamentos e adquire as competências necessárias.
  • Congelar: como consolidar os avanços? Refina-se e cristaliza-se a nova cultura, estabelecendo padrões.

Você consegue identificar em qual dessas etapas seu projeto está travado?

Modelo ADKAR (Prosci): Awareness, Desire, Knowledge, Ability, Reinforcement

Esse modelo da Prosci propõe uma abordagem centrada no indivíduo. Afinal, uma organização só muda quando as pessoas mudam. O processo começa com a consciência (Awareness) da necessidade de mudança. Em seguida, vem o desejo (Desire) de participar dela, o conhecimento (Knowledge) sobre o que precisa ser feito, a habilidade (Ability) de aplicar isso na prática, e, por fim, o reforço (Reinforcement) para manter os novos comportamentos.

  • Awareness (Consciência): todos sabem por que mudar?
  • Desire (Desejo): o time realmente quer mudar ou só “topou porque precisa”?
  • Knowledge (Conhecimento): possuem informações e capacitação necessárias?
  • Ability (Habilidade): conseguem aplicar o aprendizado adquirido na prática?
  • Reinforcement (Reforço): o que impede o antigo comportamento de voltar?

Oito etapas de Kotter

John Kotter propôs um caminho em oito passos para que a mudança realmente aconteça e se mantenha. Tudo começa com a criação de um senso de urgência e a formação de uma coalizão forte para liderar a transformação. Depois, define-se a visão, comunica-se com clareza, dá-se autonomia, celebra-se vitórias de curto prazo e se reforçam os ganhos até que a nova cultura esteja incorporada.

O método de John Kotter traz um roteiro detalhado, indo do senso de urgência até a consolidação da nova cultura. Que tal analisar se você está saltando alguma dessas fases ao tentar implementar uma nova ferramenta ou método?

Etapas práticas para aplicação eficaz

Como transformar teoria em ação?

  1. Definir o senso de urgência e escopo
    • O que precisa mudar? Por que agora?
    • Como engajar as pessoas desde o início?
  2. Comunicar com clareza
    • Qual mensagem realmente chega ao time? Você está ouvindo as dúvidas do grupo?
  3. Apoiar com treinamento e participação
    • Quem precisa de capacitação?
    • Que espaço há para contribuição e co-criação?
  4. Monitorar, reforçar e ajustar
    • Como mensurar adesão?
    • Tem margem para se adaptar sem perder o objetivo?

Já parou para pensar que, muitas vezes, a resistência vem mais da falta de diálogo do que da mudança em si?

Como montar um plano ágil de gestão de mudanças

Esse processo é ainda mais poderoso quando aliado ao desenvolvimento da inteligência emocional

Com ciclos de inovação cada vez mais curtos, como garantir flexibilidade sem perder a direção?

  • Adote princípios ágeis: que tal trabalhar por entregas rápidas (sprints) e revisitar os planos com frequência?
  • Envolva líderes-facilitadores: quem pode servir de exemplo e apoiar a equipe na transição?
  • Teste e aprenda: está coletando feedback contínuo dos envolvidos para corrigir rotas em tempo real?

Resultados esperados e métricas de sucesso

Como saber se seu projeto de mudança funcionou?

  • Aumento da adoção e produtividade: as equipes realmente usam o novo sistema, ferramenta ou processo?
  • Redução de resistência: quantos opositores se tornaram aliados?
  • Menos riscos operacionais: quais erros ou retrabalhos caíram após a mudança?
  • Clima positivo: a equipe percebe benefícios e sente-se valorizada durante o processo?

Você já utiliza indicadores claros para acompanhar a evolução das mudanças na sua organização?

FAQs rápidas sobre gestão de mudanças

  • Quando aplicar a gestão de mudanças?

Sempre que houver alteração relevante em processos, tecnologia, estrutura ou cultura que impacte como as pessoas trabalham.

  • Qual a diferença entre uma mudança leve e uma mudança organizacional?

Mudanças leves afetam poucos processos ou pessoas, já mudanças organizacionais são estratégicas, sistêmicas e exigem abordagem estruturada.

  • Como engajar sponsors e líderes?

Convide-os desde a construção da visão inicial, estimule a participação ativa e promova pequenas vitórias para fortalecer o compromisso público e o exemplo.

Quais desafios de mudança você enfrenta na sua empresa neste momento? O que pode ser feito hoje para promover mais abertura, engajamento e resultados duradouros quando o assunto é transformação?

Foto de Vera Lorenzo
Vera Lorenzo

Vera Lorenzo, CEO da Fala Company, é fluente em cinco idiomas e especialista em Coaching e Liderança, com mais de 30 anos de atuação. Mestre em oratória, possui cinco formações internacionais em Coaching, além de expertise em Storytelling, Design Thinking, Voice Coach, PNL e Assessment DISC + Valores. Vera também é autora dos livros “50 Coisas para Fazer Antes dos 50” e “Mulheres que Transformam I e II”.

22 de setembro de 2025

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